terça-feira, março 11, 2008

087. Fazer compras em um sex shop

Vou considerar como cumprida essa meta, mesmo não tendo comprado nada para mim. Nunca tinha entrado em um sex-shop na minha vida, mas morria de curiosidade. Como na semana passada foi aniversário da Ju, eu e a Nat tivemos a idéia de dar a ela algum presente de sacanagem e não teria lugar melhor para procurar isso do que o sex-shop... rs
Fomos no sábado, peguei a Natasha no shopping e descemos para o centro em busca de um que estivesse aberto. Achamos em uma das ruas mais movimentadas da cidade, mas na hora nenhuma das duas teve coragem de entrar.. hahaha. Esperavamos todas as pessoas pararem de passar na rua, e nunca paravam... ficamos uns 10 minutos paradas em frente a loja, rindo igual duas tontas. Tomamos coragem e entramos, era um gay que atendia, mas ele não foi muito atencioso e não encontramos o que procuravamos. Saimos de lá e encontramos outra algumas ruas para frente, bem menos agitada, entramos e quem nos atendeu foi uma mulher, muito atenciosa por sinal. Lá ficamos mais a vontade, tinham várias fantasias maravilhosas e super sexys, uma grande variedade de brinquedos e óleos para massagens, tinha até uma forminha de gelo emformato de pênis.. muito engraçada. A Jú adorou o presente, mas faltou a foto dela saboreando o pin..ops o chocolate. rs!

sexta-feira, março 07, 2008

Noite Insana!


Quinta-feira a noite, aniversário da Ju, organizamos uma festinha surpresa para ela. A idéia era sair mais cedo da faculdade e ir para um barzinho onde ficariamos esperando o resto do pessoal chegar, maaaans a dona Juliana resolveu que não iria na faculdade e chamou a gente para comer bolo na casa dela, eu e a Nat não sabiamos o que fazer e acabamos contando pra ela da surpresa... hahah

Comemos bolo e fomos para a cachaçaria, deu pra reunir toda a mulherada, Paulinha, Tatinha, Peitos (rs), Nat, Ju e eu. Uma garrafa de Smirnoff, as três reunidas... só podia dar merda! hauahauhaua

As fotos, na maioria, são impublicáveis. A noite foi foda... fazia muito tempo que eu não me divertia tanto, cheguei a chorar de tanto rir!

- Moço, você vem no Drive-In do Mc a pé? Tem certeza que não quer uma carona??
-'...É muito melhor para nós dois, deixar o tempo andar e se precisar, me procura! Deus é quem vai marcar!!!...'
-Sra. Peitos, vc veiooo!
-Nat coloca essa blusa pelo amor de Deus.. kkk
-Shiuuuuuuu
-Gente.. eu quero comer Xushi!


Só quem tava lá para saber, por isso eu digo que essas meninas fazem a alegria da minha vida, não vivo sem! hahaha
Sempre fui contra a palavra 'causar' por alguns motivos do passado, mas juro que não encontro outra melhor pra descrever a noite de ontem, nós realmente causamos no aniversário da Ju.

Pior foi lembrar que estava sem chave de casa as 3 horas da manhã! hahaha

Bom fim de semana pessoal :)
Beeeeeeijos

quarta-feira, março 05, 2008

Estamos com fome de amor

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvída?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega... Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.Nos tornamos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos orkut, o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?

Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é "out", que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabour

terça-feira, março 04, 2008

Saudade dói


Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzbier; se ela continua preferindo Margarita; se ela continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ela continua cantando tão bem; se ela continua detestando o Mc Donald's.
Se ele continua amando; se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
(Miguel Falabella)


E não sei por qual motivo esse sentimento insiste em querer estar comigo. Tenho sentido saudade até das coisas mais tolas, das conversas mais bestas... e já não sei mais se quero que isso passe. Por sorte (ou não) eu recuperei o meu orgulho e agora vai ser difícil eu dar meu braço a torcer. Sofro, choro, eu passo pelo que for, mas só faço o que julgar certo.

Vamos em frente, Barbara, o que é seu está guardado!