sexta-feira, julho 18, 2008

Mudanças.

Palavra que me causa arrepios na espinha e um aperto tão forte no peito, queria saber o por quê. Com vocês também é assim?
Não sei se é da minha personalidade, do meu signo ou de sei-lá-o-quê, mas desde pequena eu sou assim. Odeio qualquer tipo de mudanças, sejam elas para melhor ou para pior. Claro que em algumas situações elas se tornam extremamente necessárias, mas nem por isso eu deixo de sentir o arrepio.

E esse ano foi quase que um teste emocional para mim, com tantas mudanças que aconteceram... mas apesar das oscilações de humor, acho que tenho me saído bem. Sair de um namoro longo, passar pela fase dolorosa, reconstituir-se, badalar, beber até cair, conhecer pessoas de vários tipos e idades, e finalmente encontrar aquela pessoa tão especial e que estava mais perto do que eu poderia imaginar.
Sair da monotonía de apenas trabalhar, começar a faculdade, curso de línguas, perder um professor-amigo que eu tanto adorava, conhecer amigos de verdade na universidade, voltar ao rítimo de estudos, provas e trabalho e de repente começarem as férias e tudo acabar (temporariamente, mas acaba). Pode parecer bobeira para quem lê, mas essas pequenas mudanças transtornam minha vida... E têm ainda outras coisas envolvidas, mas não vem ao caso comentar.

Nessa semana, mais uma para me deixar angustiada.
Moro desde pequena em um bairro afastado da cidade, mas um lugar maravilhoso em termos de vizinhança, de amizades, de ar puro e tranquilidade. Sem contar que (quase) toda minha família mora por perto. Teve épocas em que meus pais não poderiam tocar no assunto 'mudar de casa' que eu enlouquecia, chorava, me trancava no quarto, fazia o maior carnaval.. mas hoje começei a cogitar essa possibilidade. Trabalho, estudo, diversão.. é tudo muito longe, fora de mão e com o tempo esse vai-e-vem no trânsito realmente cansa. Porém, ainda existiam muitos motivos bons para ficarmos naquela casa. Sempre fui muito apegada a minha família, mesmo algumas pessoas não compreendendo o meu comportamento, e desde pequena brincava na rua da minha avô, quatro quarteirões para frente da minha. Lembro que minhas férias se resumiam a subir na árvore as 10 da manhã e ficar até escurecer, descendo apenas pra comer kinder-ovo ou bolo que a vó fazia. Quando não, estava andando de roller naquela rua sem saída, e chegava sempre cheia de ematomas e ralados no final da tarde. É, eu era um moleque de saias, odiava bonecas, e cortava o cabelo de todas as minhas poucas barbies. Mas curti muito aquela fase e não me arrependo. Quase todas as lembranças da minha infância são de lá, e agora recebi a notícia de que meus avôs vão se mudar. E esse mudar, significa não poder ir a pé no meio da noite até lá para chorar, depois de uma briga com os pais ou com o namorado, siginifica não ter mais os almoços de domingo naquela varanda enorme com toda família reúnida, significa não ter aquele prato de canja quentinho que ele acabou de fazer... e são essas coisas que me fazem ser egoísta e não querer que eles mudem. Mas por outro lado vai ser muit melhor para eles, a nova casa será em um lugar mais movimentado, próximo a shoppings e ao centro, sem contar que vão estar ao lado de uma tia que poderá dar mais atenção e apoio. E como tudo na vida é questão de hábito, espero que eu consiga aceitar e me acostumar a isso bem rápido. Mas já dá saudade de todos esses momentos.

Bom fim de semana!!
Juízo e se cuidem ;)

-13 giorni-

Um comentário:

Anônimo disse...

eu adoro o que escreve, o jeito que escreve. talvez porque adoro escrever também, hehehe. já tive tempos mais inspiradores, diga-se de passagem, mas as coisas mudam, a vida muda, como você mesma disse. não te conheço pessoalmente, mas gosto de você, da sinceridade, de dar a cara à tapa. também saí de um namoro longo, sofri bastante, e às vezes ainda dói, mas keep walkin, hehe... bom fds.